Diário da Horta VI

 
 
Chegados a Março/Abril está na altura das plantações da Primavera. O tempo começa a ficar de feição, o sol e o calor a quererem dar um ar da sua graça. Agora, é muito apetecível estar ao ar livre, mais do que em qualquer outra altura do ano!
Assim, rumo ao horto, lá fomos nós. 12 pés de alface, 12 de tomate, 6 de couve-flor e 6 de pimentos. Juntamente com algumas sementeiras, se tudo correr pelo melhor, o Verão será de fartura de legumes. Há dois anos, quando aqui chegámos, plantámos tomate e semeámos batata entre outras coisas. Porém, a nossa parca experiência só permitiu tirar proveito destas duas culturas. O resto, ou não deu, ou foi muito parco. Este anos, estamos mais otimistas. Nunca a minha horta andou tão tratadinha.
 
Menina da cidade, sem qualquer raiz no campo, percorri uma longa aprendizagem até chegar aqui. Perguntando daqui e vendo de acolá, lá me fui instruindo e penetrando nos meandros dos segredos da terra. Hoje, incrivelmente, sei quais os produtos da época. E eu que passei a vida a achar que as peras e as maçãs davam durante todo o ano!! Nunca mais comprei tomate durante o Inverno, não só por que sei que não é a altura dele, como também descobri que não sabe a nada.
 
O sabor dos produtos da terra foi algo que me surpreendeu bastante. Desenganem-se aqueles que julgam que vai tudo dar ao mesmo. Não é, de todo, assim. Nunca na minha vida soube realmente qual o verdadeiro sabor das batatas, por exemplo.
 
Não sou fundamentalista dos produtos biológicos, mas se há algo a que dou importância é ao facto de não consumir qualquer aditivo químico nos alimentos que produzo. Sim, eu já produzo os meus alimentos!!! Magnífico, não?

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