Diário da Horta XII

A minha pequena horta já começa a estar naquela fase gratificante de dar alegrias! Quando fazer uma canja, temperar a carne para assar ou cortar um pouco de folhas de louro para secar implica apenas uma ida ao ar-livre com uma tesoura para trazer directamente para a cozinha, é, sem dúvida, algo muito idílico. 
É certo que nem sempre me dedico convenientemente aos trabalhos do campo. É sempre um grande desafio para mim a manutenção da minha pequena horta. A verdade é que pela primeira vez em quatro anos acho que finalmente me consegui começar a adaptar às lides campestres. O meu cantinho das aromáticas está de meter inveja a qualquer um. Os meus morangos crescem a olhos vistos. O feijão que o meu menino plantou está grande e bem cuidado. Em breve haverá sopas de feijão verde apetitosas! As alfaces já começaram a ser colhidas e dentro de pouco tempo darão lugar a novas plantações para manter o consumo de alface pelo Verão adentro.
Tem-me dado bastante trabalho não nego. Por vezes falta-me a vontade de andar lá por fora no meio de tantos afazeres diários. Ultimamente tenho-me sentido bastante cansada. Não é por nada de especial, simplesmente ando fisicamente, mais do que mentalmente exausta. Afortunadamente dentro de, aproximadamente uma semana partirei de férias para ver família e amigos, e aí terei o merecido descanso!
Por falar em ausência, a horta terá de ficar entregue a amáveis vizinhas que, prontamente sempre tratam da plantação quando necessito. A vantagem de viver aqui, entre muitas outras, prende-se naturalmente coma  solidariedade que se faz sentir entre as vizinhas. Apesar da minha quinta ser um pouco isolada, tenho fortes laços de entreajuda com as pessoas do sítio.
Para terminar resta-me dizer que hoje, fiz um coelho guisado com segurelha que cortei na hora. Tive pena de não ter tirado foto para postar receita. Segundo o R., foi prato digno de restaurante, mas o segredo... esse está na horta!!

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